Uga Uga na Nz

E o que nao faz a tecnologia ao ser humano? Apos tres semanas de completo "isolamento tecnologico", me sentindo um verdadeiro Caveman pude enfim respirar novamente. Isso porque a sorte estava passando longe no inicio desse mes. Primeiro porque meu celular simplesmente desapareceu, nao deixou vestigio e nem telefone pra contato (essa foi pessima). Ai quando ja ia comecar a me lamentar pelos contatos perdidos e por talvez ter que trocar de numero, tropeco nos cabos aqui e levo meu computador ao chao....PT! Sem chance de arrumar. Coincidencia? Diria que nao, ja dizia Murphy "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível".

Mas bola para frente....porque dinheiro ainda da para correr atras. Falando nisso parece que todo meu sustento sera provido pelo Subway "in a few weeks". Isso porque vao necessitar de alguem que trabalhe nas madrugadas de sexta e sabado. E adivinha quem sera o escolhido? Quem vos escreve. E nao e' so' por isso, o kebab ja deixou de ser um lugar para confiar que a grana pingue toda semana, tem sempre que ficar lembrando que devem me pagar. Por exemplo hoje, tenho a receber 17h que trabalhei nas ultimas duas semanas. E' uma situacao meio complicada. Nao quero generalizar mas normalmente em kebabs os donos sao meio muquiranas e pagam menos que o minino, enrolam na hora de pagar, essas coisas. Estou falando isso pela experiencia que tive e estou tendo.

Bom, e a "social life" aqui continua....normalmente tenho saido de 3as e 4as, sempre indo em Cassette e Margaritas (Graaaaaaaaaande MARGAS!) Qualquer dia desses faco uma lista das baladinhas e melhores lugares daqui. Sem brincadeira posso citar aqui 30 lugares muito bons em Auckland, "besides" esses dois. O mais bacana e' que acaba lugar que se vai, se encontra pessoas de todas as partes do mundo, desde Albania ate Zimbabue (e' exagerei um pouco, mas da Republica do Congo ja encontrei sim).

E' isso galera, da proxima mando um post das baladinhas aqui, com algumas fotos se possivel!

Cheers!!!!

Os Flatmates (Fletchi meitchi)

Para aqueles que se perguntam, mas onde sera' que esse louco ai mora, onde ele vive, com quem vive, paga caro, etc. Como nao poderia ser diferente, voltei para viver com um camarada da primeira passagem pela NZ, o Jaimito (do meio).

Ele e' colombiano, já está aqui a 2 anos, se formou em Administrção antes de vir para NZ, estudou comigo um curso de inglês tambem por 6 meses e há pouco tempo concluiu um outro curso de  Business de um ano. O lado bom desses cursos e' que normalmente garantem dois anos de visto de trabalho, o proprio ano em que se estuda e mais um. Atualmente ele esta trabalhando em um restaurante italiano, como waiter. Normalmente trabalha das 17h ate as 23h, 6 vezes por semana. As vezes tambem trabalha num quiosque (onde o dono e' o mesmo do restaurante) fazendo cafes das 6h ate as 11h da manha. Parece paulera, mas creio que rende a ele umas 45h, 50h por semana. E como ja esta a bastante tempo nesse mesmo empregador, deve ganhar algo como uns NZ$15/hora (o minimo aqui sao NZ$12 ). Entao facam ai as contas para ver que nao e' tao mal negocio assim. Ja esta nisso ha um ano e meio mais ou menos juntando todo tempo. Em um pequeno intervalo do ano passado nos arriscamos no chamado "Prunning" da Uva na ilha sul, um plano que de inicio mostrava-se bom para salvar dinheiro mas que depois foi um fiasco! De qualquer maneira posso contar essa historia com maiores detalhes em outra oportunidade.

Voltando ao assunto, creio que o Jaime tenha feito a coisa certa para aqueles que querem ficar mais tempo. Ja veio com a faculdade concluida (ou seja, sem vinculo para voltar), buscou um trabalho onde pode se fixar e salvar dinheiro e comprou um curso para extender sua permanencia aqui. Vale ressaltar que por ser colombiano ele nao tem o beneficio do Working Holiday, entao tem que ser na base de algum curso que fornece visto de trabalho que ele pode trabalhar..... e foi isso que fez.

O outro louco que mora aqui tambem e' colombiano. Para mim e' o "Jaimito Returns". Nao bastasse ser irmao dele, a historia do Jovanni (esquerda) ta sendo igualzinha ate agora: terminou facul de Administracao, esta estudando ingles....quem sabe daqui um ano vou poder confirmar se estou certo ou nao.

Atualmente estamos morando em um edificio chamado Waldorf, mais ou menos uns 5 minutos de caminhada ate a rua mais "busy" de Auckland, a Queen Street. Existem outros edificios desse mesmo nome, na verdade e' uma rede de flats que existe pela cidade.Esse que estou fica proximo do cruzamento da Symonds St com a K' Road, ao lado de um cemiterio! E' bem espacoso se compararmos com o mais adorado dos flats, o Volt  Apartments. Creio que todo mundo que muda para flat, saindo de homestay, inicia a vida no Volt. E' o mais barato e o mais bem localizado (Queen St). Eu, particularmente, gosto do lugar por esses dois motivos principais e por abrigar uma infinidade de pessoas (se nao estiver errado, acredito que tenha 17 andares e 20 apartamentos em cada!). Ja aqui senti o lugar meio morto, nao existe uma integracao com outras pessoas como existia no Volt.

Essa questao de flat ainda sera discutida e terei mais informacoes para passar de como esta esse mercado de Real Estate (Imoveis), pois em breve o contrato feito pelo Jaime aqui vai se expirar e teremos que decidir se ficamos ou se nos mudamos. Eu, sinceramente, gostaria de buscar algo mais em conta. Os atuais NZ$ 520/week estao matando. Logicamente que qualquer coisa ai estara mais cara do que os NZ$ 345 que eu pagava a dois anos no Volt.

Ai vai uma foto de cada um deles para que voces tenham uma nocao.

Volt

Waldorf

Working Holiday Visa

Às vesperas de se iniciar as incricoes  para o mais aguardado visto para NZ, como prometido vou aqui esclarecer as maiores duvidas para aqueles que pretendem aplica-lo, e as vezes por receio nao o fazem por falta de conhecimento.E' muito facil quando se sabe o step by step. Eu por exemplo demorei um bom tempo ate descobrir as maravilhas do WH, ate o dia que devorei o site da imigracao. Entao vamos la':

Mas o que e' o Working Holiday Visa?

Basicamente e' um visto de trabalho aberto (ou seja, voce pode trabalhar para qualquer empregador). Como disse anteriormente, a NZ precisa de mao de obra para certas areas, vide "customer service (atendimento ao publico), hospitality, tourism, agriculture". Portanto para preencher essas vagas, o WH (Working Holiday) e' disponibilizado para uma serie de paises na Europa, America e Asia para aqueles que durante sua estadia na NZ, pretendem trabalhar e ao mesmo tempo que viajam. Na verdade esse visto e' uma grande sacada deles aqui, pois ao mesmo tempo que trabalha, vc injeta toda a grana em viagens, passseios e atividades, por isso que e' bom duas vezes para o pais.

Como faco para aplicar a esse visto?

Simples e facil,  se faz uma especie de cadastro pelo site da Imigracao, estando no Brasil ou ja na NZ,  o procedimento e' o mesmo. Inicialmente cria-se um login e senha . Posteriormente,quando for aberta a temporada de "caca ao visto" entra-se ja com esses dados e la serao solicitadas outras informacoes.

ATENCAO: Preencher os dados nao significa que voce tera o visto, pois seu perfil sera analisado pela imigracao, a partir do que foi fornecido.

IMPORTANTE: e' necessario um cartao de credito para pagar a taxa de inscricao desse visto (que sao mais ou menos uns 100 dolares americanos) e obviamente possuir passaporte valido.

Quando posso aplicar?

Para brasileiros, so' a partir do dia 1o de setembro de cada ano.  

ATENCAO: Dia 1o de Setembro na Nova Zelandia, significa dia 31 de Agosto 9h da manha no Brasil. Entao nao coma bola, porque a concorrencia e' grande.

Quanto tempo dura o visto?

Ele tem duracao de 1 ano, podendo ser renovado por mais 3 meses ao final do primeiro ano, porem nesses 3 meses so' se podem executar trabalhos que envolvam agricultura, por ex: Colheita, Packhouse, etc.

Existe um nr limitado de vagas?

SIM! Para brasileiros o limite sao 300 vagas. Uns podem pensar que e' muito, outros pouco. Fico com a segunda opcao, pois no ano passado quando apliquei para esse visto, soube que em uma hora ele havia acabado

Quanto tempo demora a resposta?

Isso depende de cada caso, no meu caso foi tudo muito rapido pois eu ja havia fornecido algumas provas na minha primeira passagem, como por exemplo Raio-X. Mas nao esquente a moringa, as coisas que sao necessarias para ter o visto, so' sao feitas se vc passar na primeira triagem, ou seja, se preencher todos os dados no dia 01/09 e for aprovado. So' depois comeca a correria para fazer exame medico (Raio X), pagar um seguro viagem, etc.

Existem pre' requisitos para aplicacao desse visto?

Sim. Dentre eles:

- Evidencias de ter fundos de 4200 dolares kiwis;

- Ter entre 18 a 30 anos;

 - Ja possuir passagem de volta ao pais de origem ou mostrar comprovante de fundos para compra de passagem;

- Seguro viagem pelo tempo de visto;

- Nao ter sacado esse visto antes (isso mesmo, esse visto e' "once in a life time")

Bom, creio que essas sejam as maiores perguntas que podem aparecer, qualquer duvida nao hesitem em me escrever. Como voces viram, e' simples e facil, nao requer pratica tampouco habilidade, e' so' ser um pouco curioso e fucar no site da Immigration

Agora e' com voces galera! Juntem ai um grupo de 2, 3 amigos que estejam dispostos a trabalhar e viajar para um dos lugares mais sensacionais que existe. Ou venha sozinho mesmo, porque aqui o que nao vai faltar e' gente nova para se conhecer e "share" sua experiencia.

Job, Job, Job...Work, Work, Work

E quem foi que disse que seria tao facil arrumar trabalho aqui na terra do kiwi mesmo com visto de trabalho?

Pois e', depois de quase duas semanas e muitos Cv's entregues por ai, finalmente consegui um trial (tipo de dia de teste, onde as pessoas decidem se vao ficar com vc ou nao para a vaga) num dos Subways e agarrei a chance. O curioso e' que havia ido para as redondezas desse Subway levar cv em outro restaurante que soube pelo Deck (camarada desde a primeira passagem), que necessitavam de gente, o famoso Troy. Ai passei pela frente do shop (restaurante) do Subway e la havia um papel dizendo que precisavam de staff.....

E nao e' so' isso, tambem consegui uma position (vaga) em um kebab (restaurante de comida turca, vulgo churrasquinho grego que conhecemos no Brasil), que e' a minha especialidade, segundo alguns camaradas . Mas esse trampo e' num horario de louco - das 23h as 6h da matina nas sextas e sabados. Pois e' as baladas de fim de semana serao "put on hold for a while" (vao ser colocadas na espera). Para nao dizer que e' uma tortura, pelo menos ao lado do kebab ha um Show Girls. Entao voces imaginam o nivel da clientela que aparece por la! hehe Fora os loucos que saem bebados das baladas numa larica gigante e entram dancando, pulando e gritando! hahaha realmente e' paulera mas vale mto a pena para me dar uma desafogada nos gastos e as vezes pelas risadas....

Portanto, em resumo temos:

Agora e'ver como as coisas vao se suceder. Espero ser possivel a partir do proximo ano pagar algum curso de especializacao em Business ou o que seja. Mas ate' lá farei muitos lanches e muitos kebabs pelo jeito! hehe

And the pursuit keeps going...

Pois e' o tempo voa....ja' se foi uma semana desde que cheguei.

Numa semana em que estive, buscando trabalho nesse mundao que e'a NZ. E buscar trabalho aqui e' punk senhoras e senhores, nada de ficar so' em casa mandando cv pela catho ou vagas.com. O negocio aqui e' no face-to-face mesmo. Claro que existem ai sites em que se possa buscar trabalho, assim como o Trademe e SeekJobs , etc. Mas aqui, para ser "effective", tem que ir para cima mesmo, sair "humbly" perguntando se precisam de gente, o que aqui chamam de "staff"

E' fazer valer a pena todo o investimento feito por mim ao deixar o Brasil e "aun mas" porque agora sim tenho um visto de trabalho digno.

Aos que se perguntam, esse visto de trabalho e' o famoso (para quem e' rodado de NZ) Working Holiday Visa. Em resumo, trata-se do seguinte: Voce trabalha, enquanto viaja!

Para ser mais especifico, deixe me explicar: a New Zealand e' um pais muito voltado ao turismo, como tambem para agricultura. Ou seja, a maior renda que se tem, provem desses dois pilares que citei. Entretanto, em sua maioria e' um povo muito lazy!!! Resultado: quem vai servir cafe, almoco, lavar banheiros, lavar as "dishes" ou mesmo colher kiwi (lembrem-se que esse e' o pais do kiwi) e uvas (aqui tambem ha um montao de vineyards - vinhedos) ?????? Ai vao algumas alternativas:

1st - Refugiados

2nd - Pessoas nao refugiadas, mas que "ran out of money" (gastaram mais do que tinham)

3rd - Pessoas com a Working Holiday

4th - All of them!!! (todas anteriores)

Certo para aqueles que responderam all of them...so' nao trabalham aqui os arabizinhos quem sao bancados pelo proprio governo, mas isso e' uma historia para depois ser contada.

Clique aqui mais informacoes desse visto Working Holiday Visa.

Algumas coisas que notei nessas 2 semanas e precisam ser citadas:

- Jaimito e Deck (amigos desde a primeira passagem) nao voltam tao cedo para America do Sul;

- Taylor's College (escola que estudei na minha primeira passagem) continua a ter sua receita baseada em arabes, coreanos e brasileiros;

- Muitos dos arabes vistos a dois anos la, ainda continuam la tentando entrar nas Unis;

- A loja do All Blacks (sentido oposto a Warehouse) e o tao promissor restaurante brasileiro na Queen Street chamado "Samba" fecharam;

- Margaritas (melhor baladinha de Auckland) nao e' o mesmo!!!!!(ao menos na minha reestreia e no dia de ontem nao havia aquela fila que ia ate o Globe Bar);

- Kibebe (meu antigo homestay father) continua um figuraca, segue trabalhando como taxi driver ja visando a proxima Copa do Mundo de Rugby, que sera aqui na NZ no proximo ano. Ai vai uma foto dele e da sua mulher, a Tesfa. Pessoas que sao grandes amigos aqui.

A proposito....o Kibebe nao parece o carinha do "The Cleveland Show"? Comparem ai!

Um retorno (mais que) fenomenal!

Pois e’ a hora chegou, depois de um ano e alguns dias o retorno foi concretizado!

Mesmo com atrasos da Aerolineas (que não e’ nenhuma novidade), um frio de -5 graus e espera de mais algumas horas em Buenos Aires e 14h de vôo. Nada pode apagar o sentimento de voltar para ca. E’ bem “feeling like coming back home”. Tanto e’ verdade que logo que desci do avião, vi um Maori (povo nativo da NZ) e quase quis beijar ele de tanta felicidade.

Fora isso ver pessoas que foram muito importantes aqui, como Jaimito (amigo colombiano, que estava bem na porta de saída do aeroporto) e o Deck (brazuka, que deu uma passadinha aqui, no flat que estou, para me rever antes de ir trabalhar) e’ muito boa. Da uma dose de motivação extra aquela dada no Braza antes sair de la pelos meus parentes, mãe e pai.

De fato opção pela volta ainda e’ bem recente, entretanto já havia sido muito pensada durante o ano que estive no Brasil, principalmente após conseguir o visto de trabalho e o certificado para estudar, o IELTS.

Agora e’ arregaçar as mangas e “ir para encima de las oportunidades” que ai estão para serem tomadas!

Experiência é tudo!

A frase acima resume bem essa história toda. Para mim, nela está implícita todo o despreparado ou a falta de visão de alguns ao ter, diante dos seus olhos, uma situação nunca antes vista ou vivida. Espera-se com isso, não cometer os mesmos erros ou cometê-los numa menor proporção ou quantidade do que anteriormente.

Com base nisso e sabendo que pessoas, fatos, acontecimentos, lugares, histórias inesquecíveis (muitas vezes esquecidas) estarão prestes a passar por esse meu retorno e, logicamente, como quero ter uma clara lembrança do que isso representou para mim, decidi criar esse canal.

Não somente isso, quero poder contribuir para aqueles que se fazem um zilhão de perguntas antes de fazer uma trip como essa e às vezes não tem referência alguma, vide eu mesmo há dois anos, quando decidi ir pela 1؟ vez a NZ.

Mas enfim, se há dúvidas de que isso possa ser uma boa ferramenta, deixo à disposição o blog de um grande amigo argentino que conheci na minha primeira passagem, o Bernardo. Em seu blog, logicamente em espanhol, ele descreve detalhadamente sua aventura pela terra do kiwi como também sua atual passagem pela Austrália, quebrando ou confirmando todos os mitos que envolvem esse tipo de viagem. Ele cita, inclusive, passagens de quando me conheceu, como também todos os brasileiros que estavam por lá (Zim, Felipão, Xexa, Fábio Gaúcho, Tio Droa, etc) em plena colheita de kiwis durante os meses de Março, Abril e Maio do ano passado.

Para os mais interessados, seu blog é o: Yo me animo y vos (Eu me animo e voce).

Outro cara que não poderia deixar de citar para a inspiração quanto ao nome desse blog foi o Léo. Pô se o cara se fazia escutar no 15º morando no 4º andar, eu não poderia deixar de dar esse outro “grito” divulgando o blog com outro nome diferente. Sem bem que o nome “Ohhhhh bebééée!” não ficaria de todo ruim! Haha

É isso, em breve mais novas, mas dessa vez direto da, apelidada por mim e pelo Zim, terrinha acima das nuvens, a NZ.

RESTART - mas não é a banda!

A aventura começa em breve....